Londrina, PR… [ASN] Nesta semana, a imprensa esportiva teve suas
atenções voltadas para a decisão do goleiro Carlos Vítor da
Costa Ressurreição, de 30 anos, de não desenvolver atividades esportivas
do pôr do sol de sexta-feira até o de sábado. Na quarta-feira, 20,
durante uma entrevista coletiva, Vitor falou sobre o que motivou a
seguir o princípio bíblico à risca, conhecido por ele há 12 anos por
meio da sogra, Tânia Rocha.
Nas redes sociais, torcedores se mostraram surpresos – alguns,
emocionados e favoráveis com a decisão do atleta, enquanto outros,
manifestos por meio de revolta e intolerância como reação à
atitude incomum no âmbito esportivo. A atenção se deve ao fato de que
Vitor, vestindo a camisa do Londrina Esporte Clube no último ano, fez
defesas importantes que culminaram na ascensão do time da série C para a
B do Campeonato Brasileiro, sendo escolhido o melhor goleiro do torneio
e até sondado por outros clubes de futebol.
Junto às conquistas profissionais do goleiro adventista, vieram
adversidades. Isto porque boa parte dos jogos que serão realizados
na série B, vão acontecer às sextas e aos sábados. Além disso, uma
proposta de ter o salário dobrado e duelar contra equipes tradicionais
do futebol brasileiro na série A do torneio – pela equipe da
Chapecoense, de Santa Catarina – foi recusada pelo jogador, conforme notícia do diário Lance!, tudo por conta da crença do jogador no quarto mandamento da lei divina.
Veja, abaixo, uma reportagem realizada pela TV Tarobá sobre o assunto:
Apesar do conhecimento de longa data, a realidade da guarda do sábado
só fez sentido após o goleiro passar por uma experiência de fé e estudo
aprofundado da Bíblia. Um ano antes da data de seu batismo, que ocorreu
em 27 de dezembro de 2015, ele se viu em uma situação difícil. Foram
longos quatro meses em casa, sem qualquer contrato assinado com
nenhuma equipe. Mesmo assim, Vítor percebeu a mão de Deus ajustando sua
vida através de um fato, quando ainda moravam em Salvador. Sua esposa,
Gabriela, foi ao cabeleireiro e uma amiga lhe indicou a possibilidade de
atuar como revendedora de bolsas. Foi então que, a partir disto,
criaram sua própria marca e iniciaram um negócio que se expandiu
rapidamente. “Em pouco tempo, o lucro se tornou maior do que o meu
salário no clube. Este foi o momento em que entendi que Deus teria
diversas maneiras de sustentar a minha família”, contou.
http://noticias.adventistas.org/pt/noticia/estilo-de-vida/133465-2/